SOBRE O AUTOR

        Depois de passar três anos e meio na extinta Companhia Vale Do Rio Doce, que hoje é a Vale, sofri assédio moral, e depois que denunciei para assistência social, fui demitido e resolvi escrever um livro. Tornei-me um escritor autodidata.
        Todo mundo estranha o primeiro título do meu livro, A Mulher Que Não Fala Palavrão. Isso porque eu morei em uma cidade chamada Parauapebas/PA, que não é todo mundo, mas escutava muito palavrão, desde os vizinhos da cidade, como no trabalho.






Há muito tempo tenho vontade de ser um escritor e este é meu primeiro livro.
Meu nome é Inácio Bezerra Cruz Filho, e nasci em São Paulo – SP, e aos três anos de idade fui para cidade dos meus pais. Parte da minha infância e adolescência vivi em Natal-RN, onde terminei o 2° Grau Técnico (hoje Ensino Médio) e me formei em Técnico Eletromecânico. Em busca de trabalho, viajei para o Pará, Bahia e São Paulo.
Tentei cursar Engenharia da Produção, mas o curso foi interrompido, porque tive que voltar para cidade dos meus pais.
E fico muito feliz com este novo começo de vida.

sábado, 29 de novembro de 2014

POESIA

SERENO DA MADRUGADA


VEJO UMA NOITE BELA
QUE ME TRAZ ALEGRIA
ONDE A MINHA ESPERANÇA
SEMPRE ME CONTAGIA.


A VIDA ME LEVA A SURPRESAS
NA MINHA GRANDE MORADIA
E OLHO PARA AS ESTRELAS
E VEJO A ETERNA SIMETRIA.

FECHO OS OLHOS NA NOITE FRIA
QUE DESCREVE A MINHA AMADA
VEM TODA A NOSTALGIA
NO BELO SERENO DA MADRUGADA.


Inácio Cruz

terça-feira, 18 de novembro de 2014

POEMA



PARQUE DOS RIOS


O fim da tarde chega
Inocente como a infância.
E minha mãe, com seus dedos entre os meus,
Segurando a minha mão,
Me chama para ver o Sol.
As escadas me levam
Às esperanças e gracejos vindouros,
Um futuro pleno, eu vejo,
Pelos olhos de quem ainda pouco viveu.
No banco do condomínio,
As árvores triunfam sob a luz âmbar,
E os passarinhos se aninham.
Pais e filhos,
A alegria sem fim das brincadeiras de criança.
Um dia se vai para que outro comece.
Sempre um novo começo.

Inácio Cruz

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

CONTO



A URNA FALANTE


     O dia de escolher o presidente que comandará o Brasil chegou. O eleitor já estava impaciente com a fila e rezava para chegar a vez dele. Chegou, então, o momento tão esperado do eleitor ansioso. Ele entregou seus documentos para o mesário e se dirigiu até a urna eletrônica para votar. Quando estava prestes a digitar o “00” que anularia o seu voto, algo lhe interrompeu:

     — Por que você vai votar 00?

     O eleitor não estava acreditando no que estava escutando. A urna estava falando com ele.

     — Não escutou o que perguntei? Por que você vai votar 00?
    — Eu devo estar ficando doido, mas vou lhe responder. Vou votar 00, porque não acredito em político nenhum.
     — Mas seu candidato não existe.
     — O Brasil também não.



Inácio Cruz

POEMA



PRIMAVERA SEM FLORES


Uma bela primavera,
Um mundo em guerra.
Pessoas se matam
Por motivos vãos.
Um universo de aparências.
Onde estão as flores do meu jardim?
Morte e sangue em meus olhos.
Queria um mundo do meu jeito!
Onde todos se dessem bem.
Felicidade impossível!
Minha primavera será sempre sem flores.


Inácio Cruz

POESIA



LUZ DO AMANHÃ


UMA NOVA ESPERANÇA SURGIU,
LUZ NOVAMENTE A SE ACENDER.
A MINHA VIDA EMERGIU
E VOLTO A ME COMPREENDER.

NÃO TENHO MEDO DA VIDA,
VOU ENFRENTE SEM MEDO,
MAS SEMPRE ME VEM A DÚVIDA,
ONDE ESTÁ MEU SEGREDO?

VOU SEMPRE EM FRENTE
E NÃO VOU DESISTIR DE NADA,
SEMPRE ESPERANDO O INERENTE
COM MINHA TRAJETÓRIA ANDADA. 



Inácio Cruz

sexta-feira, 20 de junho de 2014

CONTO

                                                                          O MAR
     
     Era de tardezinha e havia uma leve nostalgia, observando o mar com suas ondas perfeitas e todo seu azul. Um dia maravilhoso para pensar na minha amada que não saía da minha mente, e apesar de que ela estar longe, se encontra dentro de mim. Uma voz do nada surgiu:

      — Por que você esta tão pensativo?
      — Quem está falando?
      — Como quem está falando? Sou o mar.

      Fiquei assustado e pensei que era a minha mente falando comigo mesmo, mas depois percebi que era o mar que estava falando comigo.

      — Então, você é o mar? O que quer comigo?
      — Sim. Eu que lhe pergunto. Há horas que você está olhando para mim.
      — Estava pensando em uma pessoa que me faz viver.

      O mar tentou se agitar e falou:

      — Eu sou o responsável pela vida, e tudo surgiu do mar e ninguém pode viver sem água.
      — Me conta mais sobre você.

      Cada vez mais o mar se agitava.

      — Sou todo o azul que cobre o oceano, e responsável pela vida marinha, que respira a esperança. Sou o mistério de um sonho realizado, sou o abismo da perfeição que se percorre, sou o infinito horizonte que contagia, sou alegria de uma nostalgia que se desprende e sou o infinito.
      — Mas esta pessoa que amo é maior do que tudo.

      Eu pensei que o mar iria me engolir com sua prepotência.

      — Vou te dar uma chance. Quem é esta pessoa?
      — Ela é meu princípio, meio e fim, é tudo do meu nada, é o ar que respiro, é a luz da minha vida, é o meu segredo mais oculto, é o meu desejo mais profundo que me faz viver, é a minha fonte de alegria do meu querer é o meu universo infinito.

      Neste momento, o mar se acalmou e se sentiu pequeno. 

Inácio Cruz

terça-feira, 3 de junho de 2014

CONTO



A DONA DE CASA E A BARATA 


     A faxina era realizada na casa três vezes na semana, e a dona de casa resolveu limpá-la apenas uma vez na semana. Começou a aparecer baratas frequentemente, e ela resolveu matá-las com veneno e chineladas. Percebeu que todo dia matava barata. Então, ela parou e ficou esperando uma barata chegar e questionou a mesma:

     — Fique quieta e vamos conversar.
     — Está falando comigo?  - a barata perguntou.

     A dona da casa queria saber por que as baratas não sumiam da casa dela. Então, perguntou:

     — Vamos parar de violência e conversar. Já estou a dias matando baratas e isto não está resolvendo. Gostaria de saber como faço para vocês sumirem?

      A barata pensou um pouco e respondeu:


     — Minha senhora, eu estou aqui por causa de uma coisa que me atrai.
     — Que coisa é essa?
     — Eu me alimento de quê?

     A dona de casa lembrou que diminuiu o número de faxinas e a casa estava com muita sujeira.

     — Você está querendo dizer que está se alimentando da sujeira?
     — É claro. Basta limpar sua casa que eu desaparecerei.

     Agora a dona de casa não fazia uma ou três faxinas por semana, e sim, todos os dias ela limpava a casa e ficou livre das baratas. 


Inácio Cruz