SOBRE O AUTOR

        Depois de passar três anos e meio na extinta Companhia Vale Do Rio Doce, que hoje é a Vale, sofri assédio moral, e depois que denunciei para assistência social, fui demitido e resolvi escrever um livro. Tornei-me um escritor autodidata.
        Todo mundo estranha o primeiro título do meu livro, A Mulher Que Não Fala Palavrão. Isso porque eu morei em uma cidade chamada Parauapebas/PA, que não é todo mundo, mas escutava muito palavrão, desde os vizinhos da cidade, como no trabalho.






Há muito tempo tenho vontade de ser um escritor e este é meu primeiro livro.
Meu nome é Inácio Bezerra Cruz Filho, e nasci em São Paulo – SP, e aos três anos de idade fui para cidade dos meus pais. Parte da minha infância e adolescência vivi em Natal-RN, onde terminei o 2° Grau Técnico (hoje Ensino Médio) e me formei em Técnico Eletromecânico. Em busca de trabalho, viajei para o Pará, Bahia e São Paulo.
Tentei cursar Engenharia da Produção, mas o curso foi interrompido, porque tive que voltar para cidade dos meus pais.
E fico muito feliz com este novo começo de vida.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

CONTO

ALMA E A FLOR

     A alma saiu do corpo do defunto e percebeu várias flores e velas no seu velório, e se emocionou, porque nunca tinha ganhado flores quando estava viva, e tentou chorar e não conseguiu, porque era apenas uma alma penada. Então, quis desabafar com as flores:

     — Flores! Vocês podem me ouvir?

     Percebeu que as flores não falavam com ela. E resolveu ir embora. Foi quando uma flor de cor vermelha falou:

     — Quer falar comigo?

     A alma se virou emocionada e começou a conversar com a flor:

     — Olha! Você me percebeu.
     — Sim! Percebo que você está triste. O que foi?
     — Mais ou menos. Só não entendo por que o ser humano me dá flores depois de morta.

     A flor pensou é respondeu:

     — Veja só como sou bela é bonita. É uma prova de carinho que as pessoas têm.
     — Depois de morta? Parece mais uma falsidade fria e hipócrita.
     — O ser humano só dá valor quando perde alguém. E quer confortar a saudade e a dor da perda. Quer lhe dar algo que não pode dar em vida, e cada um faz de acordo com o que acredita.

     A alma ficou paralisada sem saber o que dizer.

     — Está bem! Você não tem culpa de nada é apenas uma flor.
     — Você vai me aceitar?
     — Por você, eu aceito.


Inácio Cruz