SOBRE O AUTOR

        Depois de passar três anos e meio na extinta Companhia Vale Do Rio Doce, que hoje é a Vale, sofri assédio moral, e depois que denunciei para assistência social, fui demitido e resolvi escrever um livro. Tornei-me um escritor autodidata.
        Todo mundo estranha o primeiro título do meu livro, A Mulher Que Não Fala Palavrão. Isso porque eu morei em uma cidade chamada Parauapebas/PA, que não é todo mundo, mas escutava muito palavrão, desde os vizinhos da cidade, como no trabalho.






Há muito tempo tenho vontade de ser um escritor e este é meu primeiro livro.
Meu nome é Inácio Bezerra Cruz Filho, e nasci em São Paulo – SP, e aos três anos de idade fui para cidade dos meus pais. Parte da minha infância e adolescência vivi em Natal-RN, onde terminei o 2° Grau Técnico (hoje Ensino Médio) e me formei em Técnico Eletromecânico. Em busca de trabalho, viajei para o Pará, Bahia e São Paulo.
Tentei cursar Engenharia da Produção, mas o curso foi interrompido, porque tive que voltar para cidade dos meus pais.
E fico muito feliz com este novo começo de vida.

sábado, 17 de maio de 2014

CONTO


     DEUS E O SUICIDA

     Um homem queria se suicidar é já estava com a corda no pescoço. Em um momento, alguém falou com ele:

    — Filho!
    — Quem é você?
    — Sou seu Pai.
    — Você é Deus?
    — Sim!

     O suicida não estava acreditando no que estava escutando. E Deus falou com ele:

     — Por que você que se suicidar?
     — A minha ex-namorada me deixou.
     — Então, está explicado. É por isso que você se separou.
     — Como assim? Não entendi!
     — Você falou que ela era sua ex-namorada?
     — Sim!
     — Vou fazer uma pergunta a você. Você já ouviu falar em Ex-Deus, ex-pai, ex-mãe, ex-irmão?
     — Não!

     De repente, o suicida entendeu o que ele queria dizer. O suicida falou:

     — Então, o senhor quer dizer que não devemos nos apegar às pessoas que não fazem parte da nossa vida?
     — É claro!

     O suicida se arrependeu e quis tirar a corda do pescoço, mas quando ele fez isso, ele viu um abismo no chão, e se segurou na árvore e clamou por DEUS.

DEUS É ETERNO

Inácio Cruz




sexta-feira, 9 de maio de 2014

CONTO

O ATEU QUE DESAFIOU DEUS

     O sol estava acabando de nascer, e olhando o dia amanhecer, o ateu resolveu desafiar Deus e falou:

     — Cadê você, Deus? Se caso exista, fale alguma coisa!

     Nada de Deus responder, e o ateu convencido resolveu de vez que Deus não existe. Uma voz, então, surgiu:

     — Você dúvida de mim?
     — Deve ser a minha mente falando comigo.

     Deus percebeu certa ironia e comentou:

     — Então, eu não existo. Por que você não acredita em mim?
     — Por que você não existe. É só a minha mente falando comigo.

     Neste momento, Deus tinha que calar a boca dele e disse:

     — Você está dizendo que é ateu?
     — Sim! Por quê?
     — Me responda uma pergunta: se o ateu não acredita em nada, como o nada pode criar algo?

     O ateu se calou e não soube responder.


     Inácio Cruz

terça-feira, 6 de maio de 2014

CONTO



RESPEITO É TUDO

     O psicólogo estava novamente em seu consultório e havia um paciente diferente dos outros. Cumprimentou-o perguntou:

      — Oi! Sente-se. Como é o seu nome?
      — Meu nome é Lúcifer.

     Neste momento, o psicólogo ficou paralisado e não estava acreditando no que estava vendo. E perguntou:

      — Então, você é o Diabo?
      — Começou o desrespeito! Meu nome é Lúcifer, um anjo de luz.
      — Desculpe-me, Lúcifer, mas você não parece nada com ele.
    — Era de se esperar. As pessoas, doutor, pensam que eu sou vermelho, tenho cifres, uso um tridente e tenho cheiro de enxofre.

     O doutor, então, foi direto ao assunto:

     — Mas o que você quer de mim?
     — Não entendi! Você é psicólogo? 
     — Sim! Claro!
     — Eu quero a sua ajuda.
     — Pois não. Em que posso ajudar?
     — Bem, doutor ou psicólogo, estou aqui pelo motivo que não aguento mais levar a culpa dos seres humanos, pois tudo é culpa minha: o homem que vira homossexual, a culpa é minha; a menina perde a virgindade e a culpa é minha; o filho da senhora é usuário de drogas e a culpa é minha! É tudo culpa minha e eu não aguento mais.

     Não sabendo o que fazer, o psicólogo teve, então, uma ideia para acalmar o Lúcifer.

     — Você me diz que tudo é culpa do Diabo?
     — Sim! O que tenho que fazer?
     — Você não tem que fazer nada.
     — Como assim nada?
     — Então, coloque a culpa no Diabo, já que o seu nome é Lúcifer.
     — Entendi! O Diabo é outra pessoa e não tenho que me procurar com isso.

     Os dois se entenderam e ficaram amigos.


Inácio Cruz

sexta-feira, 2 de maio de 2014

CONTO

ENTRE O AMOR E A RAZÃO

      A noite na boate estava agitada, e o operário de uma empresa estava mais uma vez a procura de companhia para diversão, e sempre escolhia a mesma mulher para se relacionar. Ela percebeu que ele estava sozinho na mesa e foi ao seu encontro. Como sempre, ele pagou o programa adiantado, e diferente das outras vezes em que veio a boate, não foi para o quarto. A garota de programa falou:

      — O que foi? Não gosta mais de mim?
      — Não é isso. Quero conversar um pouco.
      — O que exatamente?
      — Eu queria ter te conhecido antes.

      Com certeza, a garota de programa percebeu que era por causa da sua vida.

      — Mas eu sou o que sou. E você está comigo, sabendo que tenho essa vida.
      — Por isso! Eu queria ter mudado a sua vida.
      — Mudado como?
      — Queria estar contigo quando o seu coração descobriu o que é amar.

      A garota de programa começou a rir. E falou:

      — Está interessante. Conte-me mais!
      — Como eu queria ser o seu primeiro namorado e segurado a sua mão, na felicidade de estar com você. Ter sofrido junto e aprendido a lição da vida, mas lhe encontro agora com o coração machucado e viciado, em uma vida de vícios.
      — É tudo o que tem para me contar?

      O operário percebeu que não valeu a pena se aberto com ela e falou:

      — É apenas um desabafo.
      — Eu sei, querido. Mas suas palavras não vão pagar as minhas contas. Eu tenho outro cliente para atender.
      — Pode ir! Por isso que gosto de você.

      A verdade faz o operário gostar dela.



Inácio Cruz