SOBRE O AUTOR

        Depois de passar três anos e meio na extinta Companhia Vale Do Rio Doce, que hoje é a Vale, sofri assédio moral, e depois que denunciei para assistência social, fui demitido e resolvi escrever um livro. Tornei-me um escritor autodidata.
        Todo mundo estranha o primeiro título do meu livro, A Mulher Que Não Fala Palavrão. Isso porque eu morei em uma cidade chamada Parauapebas/PA, que não é todo mundo, mas escutava muito palavrão, desde os vizinhos da cidade, como no trabalho.






Há muito tempo tenho vontade de ser um escritor e este é meu primeiro livro.
Meu nome é Inácio Bezerra Cruz Filho, e nasci em São Paulo – SP, e aos três anos de idade fui para cidade dos meus pais. Parte da minha infância e adolescência vivi em Natal-RN, onde terminei o 2° Grau Técnico (hoje Ensino Médio) e me formei em Técnico Eletromecânico. Em busca de trabalho, viajei para o Pará, Bahia e São Paulo.
Tentei cursar Engenharia da Produção, mas o curso foi interrompido, porque tive que voltar para cidade dos meus pais.
E fico muito feliz com este novo começo de vida.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

CONTO

ENTRE O AMOR E A RAZÃO

      A noite na boate estava agitada, e o operário de uma empresa estava mais uma vez a procura de companhia para diversão, e sempre escolhia a mesma mulher para se relacionar. Ela percebeu que ele estava sozinho na mesa e foi ao seu encontro. Como sempre, ele pagou o programa adiantado, e diferente das outras vezes em que veio a boate, não foi para o quarto. A garota de programa falou:

      — O que foi? Não gosta mais de mim?
      — Não é isso. Quero conversar um pouco.
      — O que exatamente?
      — Eu queria ter te conhecido antes.

      Com certeza, a garota de programa percebeu que era por causa da sua vida.

      — Mas eu sou o que sou. E você está comigo, sabendo que tenho essa vida.
      — Por isso! Eu queria ter mudado a sua vida.
      — Mudado como?
      — Queria estar contigo quando o seu coração descobriu o que é amar.

      A garota de programa começou a rir. E falou:

      — Está interessante. Conte-me mais!
      — Como eu queria ser o seu primeiro namorado e segurado a sua mão, na felicidade de estar com você. Ter sofrido junto e aprendido a lição da vida, mas lhe encontro agora com o coração machucado e viciado, em uma vida de vícios.
      — É tudo o que tem para me contar?

      O operário percebeu que não valeu a pena se aberto com ela e falou:

      — É apenas um desabafo.
      — Eu sei, querido. Mas suas palavras não vão pagar as minhas contas. Eu tenho outro cliente para atender.
      — Pode ir! Por isso que gosto de você.

      A verdade faz o operário gostar dela.



Inácio Cruz

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