SOBRE O AUTOR

        Depois de passar três anos e meio na extinta Companhia Vale Do Rio Doce, que hoje é a Vale, sofri assédio moral, e depois que denunciei para assistência social, fui demitido e resolvi escrever um livro. Tornei-me um escritor autodidata.
        Todo mundo estranha o primeiro título do meu livro, A Mulher Que Não Fala Palavrão. Isso porque eu morei em uma cidade chamada Parauapebas/PA, que não é todo mundo, mas escutava muito palavrão, desde os vizinhos da cidade, como no trabalho.






Há muito tempo tenho vontade de ser um escritor e este é meu primeiro livro.
Meu nome é Inácio Bezerra Cruz Filho, e nasci em São Paulo – SP, e aos três anos de idade fui para cidade dos meus pais. Parte da minha infância e adolescência vivi em Natal-RN, onde terminei o 2° Grau Técnico (hoje Ensino Médio) e me formei em Técnico Eletromecânico. Em busca de trabalho, viajei para o Pará, Bahia e São Paulo.
Tentei cursar Engenharia da Produção, mas o curso foi interrompido, porque tive que voltar para cidade dos meus pais.
E fico muito feliz com este novo começo de vida.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

CONTO

                                                                          O MAR
     
     Era de tardezinha e havia uma leve nostalgia, observando o mar com suas ondas perfeitas e todo seu azul. Um dia maravilhoso para pensar na minha amada que não saía da minha mente, e apesar de que ela estar longe, se encontra dentro de mim. Uma voz do nada surgiu:

      — Por que você esta tão pensativo?
      — Quem está falando?
      — Como quem está falando? Sou o mar.

      Fiquei assustado e pensei que era a minha mente falando comigo mesmo, mas depois percebi que era o mar que estava falando comigo.

      — Então, você é o mar? O que quer comigo?
      — Sim. Eu que lhe pergunto. Há horas que você está olhando para mim.
      — Estava pensando em uma pessoa que me faz viver.

      O mar tentou se agitar e falou:

      — Eu sou o responsável pela vida, e tudo surgiu do mar e ninguém pode viver sem água.
      — Me conta mais sobre você.

      Cada vez mais o mar se agitava.

      — Sou todo o azul que cobre o oceano, e responsável pela vida marinha, que respira a esperança. Sou o mistério de um sonho realizado, sou o abismo da perfeição que se percorre, sou o infinito horizonte que contagia, sou alegria de uma nostalgia que se desprende e sou o infinito.
      — Mas esta pessoa que amo é maior do que tudo.

      Eu pensei que o mar iria me engolir com sua prepotência.

      — Vou te dar uma chance. Quem é esta pessoa?
      — Ela é meu princípio, meio e fim, é tudo do meu nada, é o ar que respiro, é a luz da minha vida, é o meu segredo mais oculto, é o meu desejo mais profundo que me faz viver, é a minha fonte de alegria do meu querer é o meu universo infinito.

      Neste momento, o mar se acalmou e se sentiu pequeno. 

Inácio Cruz

terça-feira, 3 de junho de 2014

CONTO



A DONA DE CASA E A BARATA 


     A faxina era realizada na casa três vezes na semana, e a dona de casa resolveu limpá-la apenas uma vez na semana. Começou a aparecer baratas frequentemente, e ela resolveu matá-las com veneno e chineladas. Percebeu que todo dia matava barata. Então, ela parou e ficou esperando uma barata chegar e questionou a mesma:

     — Fique quieta e vamos conversar.
     — Está falando comigo?  - a barata perguntou.

     A dona da casa queria saber por que as baratas não sumiam da casa dela. Então, perguntou:

     — Vamos parar de violência e conversar. Já estou a dias matando baratas e isto não está resolvendo. Gostaria de saber como faço para vocês sumirem?

      A barata pensou um pouco e respondeu:


     — Minha senhora, eu estou aqui por causa de uma coisa que me atrai.
     — Que coisa é essa?
     — Eu me alimento de quê?

     A dona de casa lembrou que diminuiu o número de faxinas e a casa estava com muita sujeira.

     — Você está querendo dizer que está se alimentando da sujeira?
     — É claro. Basta limpar sua casa que eu desaparecerei.

     Agora a dona de casa não fazia uma ou três faxinas por semana, e sim, todos os dias ela limpava a casa e ficou livre das baratas. 


Inácio Cruz